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Limpeza é saúde

O síndico Jorge Muniz cumpre a lei: os reservatórios de água do Edifício Onze de Junho, no Centro, são limpos a cada seis meses, para evitar o acúmulo de detritos e manter a água utilizada pelos condôminos em perfeitas condições de consumo. "É fundamental dar valor à qualidade da água que se consome e manter um patrimônio que um dia será de nossos filhos", afirma.

Até pela obrigatoriedade que a lei exige, manter limpos os locais por onde entra a água a ser consumida é bem mais comum do que conservar caixas de gordura e de esgoto. A limpeza dos reservatórios de detritos evita o entupimento da rede de coleta da Cedae e a proliferação de ratos e baratas, que fazem seus ninhos na gordura decantada. "A limpeza desses locais nunca deve ser feita pelo porteiro, que corre o risco de contrair hepatite e outras doenças infecto-contagiosas. Sem falar que, sem os instrumentos necessários, a gordura (que com o tempo ganha um aspecto sólido) é transferida para a caixa de esgoto, entupindo a tubulação. Se a gordura pudesse ir para a rede comum, ela não precisaria de uma caixa específica", alerta Joel Costa, gerente da J. Costa Desentupidora, que usa um caminhão e uma mangueira que suga a vácuo toda a sujeira sólida, além de raspar e lavar todo o reservatório com desinfetante. Todo o material retirado é levado diretamente para a estação de tratamento.

Para evitar entupimentos, a conscientização dos moradores também é fundamental: cabelos, absorventes íntimos e óleo de cozinha são vilões quando atirados pelo ralo ou privada, por isso devem sempre ser descartados no lixo. Isso, aliás, vale para qualquer objeto. Excesso de sabão em pó na máquina de lavar também acarreta transbordamento de espuma - geralmente na garagem. "As pessoas não acreditam quando vêem o que retiramos da tubulação de esgoto. Peças de roupa íntima já nem nos surpreendem mais", ironiza Costa.

A limpeza das fossas e caixas de gordura deve ser feita em intervalos de quatro a seis meses. Costa também recomenda a limpeza periódica das colunas de gordura e do tanque, pois é a partir delas que geralmente ocorre o retorno de esgoto para os apartamentos dos andares mais baixos.

O preço da limpeza de fossas e caixas de gordura varia de acordo com o tamanho do condomínio e a quantidade de reservatórios. Afinal, quanto mais gente, mais detritos. Num prédio de 100 apartamentos, o valor fica em torno de R$ 400. Investimento pequeno frente à qualidade de vida que se reverte não só para os condôminos, mas para toda a população.

 

 
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